terça-feira, 28 de maio de 2013

Concessão da Albufeira de Vilarinho da Fruna

Aos poucos os objectivos do ICNF vão sendo atingidos naquilo que diz respeito à entrega da gestão dos rios e massas de água dentro do PNPG às associações e clubes de caça e pesca.
Desta vez a licença contemplou a mítica Albufeira de Vilarinho da Furna,uma das mais belas paisagens do Gerês com pano de fundo a imponente Serra Amarela.

Não querendo de forma alguma criar polémica com este post,mas a minha opinião é de que isto,desde que seja bem gerido,só bem acrescentar benefícios aos recursos existentes.A pesca controlada é  uma forma de boa gestão de controle e registo dos pescadores e populações de peixes. 


  Fotografia Paulo Figueiredo

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rio Criz

Cada vez mais tenho vindo a conhecer os rios truteiros do centro do pais e é um dos meus objectivos conhecer pelo menos os mais importantes.

Desta vez foi o Rio Criz!aproveitando a tarde na sequência duma visita ao Dão Primores a convite do  presidente da região demarcada dos vinhos do Dão, Dr. Arlindo Cunha.

Não estava à espera de encontrar um rio de grande caudal nem duma grande quantidade de trutas,contudo as indicações que alguns pescadores amigos da zona me deram eram de optimismo.

Bom,as primeiras impressões foram boas com alguns ataques que ponho dúvidas que seriam trutas.
Passada mais de uma 1h os resultados cifravam em...grade!e a vontade de me meter no carro e passar para o Teixeira era a opção mais sensata,mas algo me dizia para não desistir.

Decidi então explorar um pouco mais do rio,até porque estava mesmo a precisar duma caminha para degastar o excelente repasto que a gastronomia de Viseu brindou os cerca de 170 convidado do evento.

Percorridas algumas centenas de metros apareçam umas correntes fabulosas e a vontade de regressar ao rio foi espontânea.
 Logos nos primeiros lançamentos os resultados não se fizeram esperar com umas quatro ou cinco trutas pequenas a entraram em efémeras. À medida que ia subindo o rio apresentava melhores correntes e trutas maiores....

Assim fiz mais 1.30h de rio onde algumas trutas foram de bom tamanho.
Em suma,um rio que gostei muito e a vontade de lá voltar ficou bem vincada.
Um pormenor que não me passou despercebido,foi no regresso,a coloração da água na zona da Várzea do Homem  ser em tons abrancaçados que me levou a suspeitar de descarga (aliás existe um importante aterro sanitário na zona e também algumas explorações pecuárias e bovinas na zona)

  


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rio Paiva/Rio Teixeira

Era dia de pescar com o meu querido amigo António Soares,um daqueles que quase minguem conhece mas que pesca à várias décadas e monta moscas diferentes da generalidade dos pescadores que eu conheço,   muito fruto dos ensinamentos do falecido Teixeira da Silva,seu colega de pesca durante muitos anos.

Temos muita coisa em comum,gostamos de pescar mas também da gastronomia dos vários locais visitados  e conhecer coisas novas.

O objectivo da jornada passava por pescar  o Paiva,na sua zona intermédia,perto de Alvarenga e provar a gastronomia tradicional das terras de Arouca,tal como a famosa carne da raça Arouquesa.

Optamos por seguir a margem direita do Douro até Ambos-os-Rios para logo mudar de direcção para Castelo de Paiva e depois subir a penosa e mal tratada estrada até Alvarenga.

Não conhecia esta bonita Vila,aliás sabia da sua famosa carne(capital do bife),mas nunca lá tinha ido.
http://youtu.be/JbWRYSW-UOc

Depois do repasto era tempo de experimentar o famoso rio Paiva,que para mim era uma estreia e confesso que levava alguma expectativa em relação ao seu potencial,embora soubesse de antemão que o rio sofre de alguns problemas de poluição.

Não conseguimos pescar devido ao forte caudal,ou melhor,provavelmente o local não seria o melhor para pescar à pluma.

Várias opções surgiram e uma delas era pescar a concessão do alto Teixeira.

Mais uma vez gostei daquilo que vi e terei que louvar a atitude e a disponibilidade do presidente desta associação para a obtenção das licenças diárias e todas as informações relativamente aos troços.

Foi uma agradável surpresa este troço que fizemos,com cerca de dúzia e meia de trutas em cerca de 3 horitas,algumas delas de bom tamanho,que  para um rio de alta montanha é muito bom sinal.




Ficou a vontade de lá voltar em breve....



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Rio Olo


Afinal eu sempre tinha razão quando afirmava que o Rio Olo,nomeadamente o lote 6(sem morte),o mais emblemático e conhecido estava relativamente despovoado.
E afirmo isto com base nas experiências vividas na primeira pessoa mas também dos vários relatos que me tem chegado ultimamente aos ouvidos.
Como este;
No dia da abertura do ano passado 3 dos meus amigos tiveram um encontro,logo pela manhã,com um pescador adepto do spinning neste mesmo lote.Por aqui se vê o respeito que existe pelos lotes sem morte!


Durante a época transacta  tinha por lá feito algumas incursões e os resultados cifravam-se sempre por muito fracos embora nunca tem tido grade.

Não foram poucas as vezes que esta época não me lembrasse de lá voltar,até porque uma visita à Serra do Alvão é sempre motivo de um belo passeio,mas algo me dizia que não valeria a pena fazer 300km para coar água.


Conversas mantidas com alguns pescadores que frequentam este troço,as opiniões divergem,com relatos de grandes pescarias e fracassos por parte de outros pescadores e aqui não está a falta de experiência da parte deles pois alguns dos que me relatam o despovoamento são largamente experientes.

Achei por bem publicar um e-mail dum amigo e pescador à pluma à longos anos(sim,porque nós pensamos que só aqueles que estão ligados ás redes sociais ou praticam competição é que tem o direito de emitir opiniões sobre tudo e todos,eu incluído,mas a verdade é que existe importante franja de pescadores nesta modalidade que mantém o anonimato,mas que a sua experiência vale mais duque muitas teorias).

Aqui fica o e-mail na sua essência,

"Caro João:
fomos sábado ao Olo,troço 6 (sem morte)...e sem trutas.....3 para mim,4 para o colega ..um dia inteiro.Nada que valha a pena,rio em condições perfeitas,sem vento,correntes perfeitas,fundo..e nada! nem ninfa,nem tandem....enfim..uma tristeza,pescava muito mais à 3 anos em 2 horas do que agora...:
ainda por cima uma grande confusão sobre o que segue o lote 6.deveria ser o 7 que é com morte,e depois o 8 -interdito,mas afinal,alguém acha que para cima do 6 não se pode pescar,embora o edital,e o mapa da zpr que está junto da ponte,diga exactamente o mesmo,mas o tal senhor acha que é uma "gralha" e até telefonou a alguém que gere a zpr????bom enfim,também não e nosso problema.
Vamos tentar o baixo Mondego,na misarela próximo sábado,se a agua estiver baixa(jusante da raiva).
Um abraço"
Como seria óbvio não vou revelar a sua assinatura mas alerto que é um pescador com larga experiência alem fronteiras.
Vale o que vale,mas ouvir os pescadores que passam no terreno é também  um acto de humildade!
Isto serve como um alerta sério para os estudos científicos  de que este troço tem vindo a ser alvo por parte das universidades.
   
   
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Arcofário

Uma nova forma de pescar trutas em Portugal tem surgido nos últimos anos com uma crescente franja de adeptos a praticar e a visitar estes espaços que são os lagos privados.

Uns fazem a sua gestão empresarial na vertente da comercialização das espécies capturadas,onde o visitante pode usufruir do prazer de pescar e obter peixe para levar para casa,outros porém,apostam na vertente meramente desportiva e incidem na formação,educação e na preservação das espécies,alertando para a necessidade da pesca sem morte com ensinamentos básicos desta modalidade,todos eles  rodeados de belas paisagens.

É um destes espaços,o ARCOFÁRIO  inserido no complexo da Quinta de Cristelo,na bonita cidade se Seia,que abrirá portas brevemente  e ao qual desde já desejo o votos de muitos sucessos agradecendo igualmente o convite que me foi dirigido para a abertura e ao qual acederei com todo o prazer! 
Este blog serve também,e está sempre disponível,para estas divulgações.
Link na barra lateral deste blog para reservas.


 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Grandes lagostins no Neiva

Num destes dias fiz um curto passeio matinal pelas margens do Neiva.
A intenção não era pescar,até porque nem cana levei,mas sim descomprimir dos  agitados dias que todos nós atravessamos com esta indefinição a que os nossos governantes nos tem sujeitado nestes últimos tempos!

Como muitos bem sabem o local do meu trabalho não é mais duque 100m do rio Neiva e este para mim quase já não não tem segredos,pois à mais de 20 anos que sinto todas as manhãs o seu inconfundível aroma e a frescura das suas águas.

Sou completamente ignorante em termos científicos e apenas vou relatar factos presenciados e vividos de perto mas que a experiência me tem desmontrado factos impiricos.

Já tinha registado a presença dos lagostins e da famosa ameijoa que habita a zona intermédia do rio e tenho registado igualmente a quase inexistência da entrada das trutas mariscas desde que a barra do porto de Viana do Castelo foi alterada e a de  Castelo do Neiva foi feita  com consequências evidentes para a alteração do ecossistema dos habitats do rio Neiva.
Mas isto não tem muito a ver com o intenção do post!
  
Os registos que tinha dos lagostins eram de pequenos exemplares (com cerca de  5cm )e avistados sempre na época do verão quando as águas estão mais quentes e o caudal é substancialmente baixo.

Acontece que nos últimos anos  tem-se verificado o aparecimento de algumas espécies que outrora não eram vistas pelas margens do rio como por exemplo os visons   ou mesmo as garças,mas o que mais me surpreendeu foi encontrar a carcaça,ainda fresca dum exemplar de lagostim cuja as pinças ultrapassavam seguramente os 15 cm e a carapaça da cabeça apresentava umas dimensões nunca vistas por mim.

Sei que passam por cá alguns entendidos nesta área,como biólogos e ambientalistas,pelo que o sua opinião seria fundamental para o esclarecimento cabal das alterações evidentes no ecossistema do  rio Neiva na sua zona baixa  e a explicação do aparecimento  desta espécie com dimensões fora do normal e sobretudo identifica-la.
Mesmo assim tentarei enviar as imagens para pessoas entendidas na área....