quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Técnicas e introduções ao lance com cana de duas mãos

Em colaboração com o meu querido amigo Manuel Iglesias ,instrutor credenciado,apresento aqui um pequeno video das noções básicas para quem se quiser iniciar nas técnicas de lançamento com canas de duas mãos  



Leon 2014

Os rios de Leon são um clássico em final de temporada.

Sempre que posso,gosto de lá ir.Não é só por causa da pesca nem dos seus míticos rios é também pela forma como as  pessoas me recebem e pela excelente gastronomia local.



                                                          Fotografias© José Macedo
Este ano o mês de outubro afigurava-se um mês ideal para tentar as manhosas trutas do Esla e do Porma.


                        Fotografias© José Macedo/João Dias
Como sempre à companhia,já habitual do meu querido amigo e companheiro de muitas pescarias ,Zé Macedo,juntou-se outro outros dois amigos o António Fragoso e António Soares.

É sempre motivo dum certo orgulho e um enorme prazer visitar amigos que nos recebem de braços abertos como a Covadonga e o Tomas Gil  sempre duma simpatia e disponibilidade incríveis.
Depois gostamos de nos alojar na sua casa de Turismo rural pelas condições que ele oferece,mas sobretudo pelo entorno paisagístico em que ela de insere.

Tenho pena de ainda não ter tido oportunidade de ter pescado o Rio Curueño,sobretudo a sua parte mais alta  porque encerra mais cedo mas não perderá pela espera....

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Por trilhos nunca por mim percorridos


Caminhar com o Rui Barbosa é muito mais duque isso,é deixar-se levar para alem do desconhecido.
É sobretudo partilhar uma coisa que não se pode explicar por palavras nem por fotografias,sobretudo os segredos que a montanha guarda em silencio ao longo das eras e depois é caminhar com um companheiro e amigo de longa data....




Sobre o trilho não direi muito,pois ele é muito bem descrito aqui e aqui  mas para mim teve uma outra perspectiva e um sentimento de alguma nostalgia pois nele nasce o o rio Toco onde eu,no seu troço intermédio,muitas vezes pesquei trutas na minha juventude.
Algumas fotografias....



terça-feira, 14 de outubro de 2014

Encontros de Montanha

Irá decorrer na Vila do Gerês,nos dias 25 e 26 de Outubro,o 1º Encontros de  Montanha com o tema subordinado à segurança de montanha.
Todo programa pode ser consultado aqui.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Noruega 2014 primeiro dia,River Unsetaa


Os cerca de 300 km que separam Oslo de Finstad fazem-se calmamente através da E6,até Stange, para depois seguir-mos pela nr3,em direcção a Tynset e finalmente seguirmos a estrada secundária(665)que nos leva serra acima até Finstad e à quinta onde seria o nosso poiso.



Foram várias os rios e lagos que nos cruzamos durante a viagem,alguns deles a serem pescados no momento em passávamos sobretudo o Rena,o que nos fez subir a ansiedade.

Chegamos cerca das 14 horas depois duma viagem de cerca 6 horas e fomos recebidos pelo dono da quinta(senhor na casa dos 60 anos) 

Tínhamos planeado pescar  ainda nessa tarde,mas tudo dependeria das condições em que se apresenta-se o rio que passa mesmo  junto à quinta onde estávamos hospedados,até porque teríamos ainda que nos abastecer de alimentos para os 8 dias que estaríamos hospedados e só depois poderíamos pescar.

Completamente sem conhecer nada não seria fácil escolher um local para pescar,embora o rio nos parecesse todo ele muito interessante em qualquer dos locais em que nos tínhamos  abeirá do.


Seriam já cerca das 18 horas quando finalmente estávamos prontos para dar início ao tão esperado momento  de por as linhas na água.



Lá montamos as canas para tentar as primeiras capturas mas em condições muito difíceis principalmente com o vento forte a entrar de frente no bastante escarpado vale do Rio Unsetaa.Por outro lado a instabilidade atmosférica era outro dos contra tempos para pescar pois estava a nevar muito próximo e o rio apresentava uma cor acastanhada e águas geladas.

Os primeiros lançamentos não deixavam margem para grandes esperanças de algum êxito de capturas,até que surge o primeiro ataque e logo numa klinkhammer....era a primeira truta desta aventura embora não fosse muito grande(20/22cm) estavam abertas as hostilidades e deixavam alguma esperança para um final de dia razoável.

Entretanto as condições do tempo pioravam a cada minuto,com o rio a subir significativamente  e as ninfas foram a opção correta para a tentativa de mais alguma captura que depois de vários ataques lá consegui mais uma trutita....

Assim dávamos por concluído este primeiro dia de pesca com 2 trutas para a minha conta e grade para o António....  

  



  

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Trutas e Serras

Depois duma longa ausência de posts o blog irá retomar com artigos de opinião,relatos e diários de pesca e de  montanha,com algumas fotografias mas sobretudo informação. Material e boas histórias não faltarão para serem aqui postadas....fiquem atentos....  

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Noruega 2014

Já a alguns anos que o jornalista e meu querido amigo,António Soares,tem sido meu assíduo companheiro de pesca quer em Portugal mas sobretudo no estrangeiro.

Nos últimos anos temos vindo a  visitar alguns dos rios salmonideos mais mediáticos da Europa.Depois de conhecermos uma parte significativa dos rios da Irlanda,este ano,das várias opções que estavam em cima da mesa, os famosos rios da Noruega eram sem duvida um desafio.


Fazer uma viagem de pesca para um destino desconhecido requer muito planeamento e escolha de locais, mas sobretudo aconselhamento de pescadores experientes que tivessem estado e pescado os rios para que a sua opinião e experiências sirva  de farol para que  não se vá às escuras.

Desde Fevereiro que tinha-mos mantido contactos com pescadores,com blogs activos,sobretudo Dinamarqueses,que nos foram dando dicas para as melhores zonas para aquilo que pretendia-mos. Queríamos sobretudo pescar trutas,tímalos e salvelinos,desvalorizando os salmões e as mariscas.


Eram muitas as zonas em que a nossa escolha poderia recair,contudo era necessário um cuidado adicional(estávamos alertados para isso) porque quase todos os rios estavam ainda no degelo e as eclusões poderiam ser esporádicas,até porque a intenção era pescar sempre que possível à sêca,mas sobretudo muita sorte com o tempo,pois as temperaturas são ainda muitas baixas o que afecta o comportamento dos peixes.

Escolhemos o centro da Noruega numa zona estratégica de montanha proximo da bonita cidade de Tynset com várias opções de pesca num raio de 100km ,onde os vales dos famosos rios Rena,Glomma e Unsetaa  estariam relativamente perto,por outro lado teria-mos um sem fim de lagos,uns mais pequenos e outros de grande dimensão à nossa volta,todos eles carregados de trutas,tímalos e salvelinos.

O planeamento destas viagens passam também pela escolha das moscas que utilizamos para ter algum sucesso,e essas requerem uma grande concentração,estudo e tempo na sua montagem.

Tanto eu como o António nunca compramos moscas para pescar(uma única excepção foi no Corrib(Irlanda) em que o nosso guia insistiu em pescarmos com moscas compradas num determinada loja local...compreende-se...negócio local) levamos sempre o torno e material para eventual eclosão em que a imitação não esteja presente nas nossas caixas(a maior parte das vezes temos a imitação mas não no tamanho e isso faz toda diferença).

Estudamos antecipadamente os rios a que nos propomos pescar,contactamos gentes locais,planeamos a viagem em pormenor,incluindo os limites de velocidade e as regras de transito em cada local que visitamos.
A escolha do alojamento é tão ou mais importante para que se tenha sucesso na estadia e nisso temos tido imensa sorte com as pessoas que temos encontrado.


Sabia-mos de ante mão que estaríamos a visitar o pais com o nível de vida mais elevado e caro da União Europeia(até bem pouco tempo ,Oslo era uma das a cidades mais caras do Mundo) onde a Coroa Norueguesa é uma moeda muito forte e que o seu povo pauta-se pelo conservadorismo nas suas tradições e culturas.Exemplos disso  são a forte restrição às bebidas alcoólicas,bem como a tolerância zero na condução e regras de transito,a obrigatória separação de resíduos domésticos,a proibição de sacos plásticos gratuitos nos comércios....entre muitas outras,que mais tarde darei conta num qualquer post.Para se ter uma ideia do nível de custos dou como exemplo pratico duma simples cerveja de 0.25cl que tem um preço que varia ente os 9€ e os 13€ e não se vende ao virar da esquina,há locais específicos para tal.

Relativamente à pesca,pela avaliação dos 10 dias em permanecemos no pais,e falando só da nossa experiência em local especifico,ela é toda privada inclusive todos  os trocos dos rio e lagos,bem como o acesso aos locais de pesca que terão de ser impreterivelmente respeitados,não podendo o pescador entrar para o rio onde lhe apetecer.

 Não existe guarda florestal apesar destes locais serem de alta montanha e de densas florestas.
As licenças de pesca podem ser adquiridas atravez de sms,e-mail,sites de pesca,nos postos de abastecimento de combustível,ou então junto ao rio.
Esta ultima opção deixou-nos perplexos,pois o sistema é simples;
Junto ás entradas para os  rios existe a informação do local com o mapa e existe também uma caixa,tipo as nossas do correio,em que no seu interior tem um livro de registos e uma esferográfica,onde o pescador pode fazer o respectivo registo de licença e deixar dentro o dinheiro!impensável implementar cá um sistema destes,logo a começar pela provável pilhagem do dinheiro e com fortes probabilidades de destruição da caixa...

A cultura de pesca por estes lados é de tal forma vivida que o pescador tem à sua disposição cabanas junto aos rios com os mais elementares serviços para para uma estadia de vários dias,como por exemplo lenha copos pratos,beliches,cobertores e salamandra....encontramos alguns solitários uns acampados outros com tendas ás costas pelas margens dos rios....
     

domingo, 15 de junho de 2014

River Suir

O Suir é um dos mais importantes rios da Irlanda,com boas populações de trutas,quer fário quer mariscas mas também  onde entra uma quantidade significativa de Salmão.

Na minha opinião é um rio relativamente fácil de se pescar onde os acessos são bons e se vadeia muito bem,portanto sempre um clássico para quem visita estas paragens.

Contudo tem o reverso da moeda,pois a grande diversidade de eclosões de insectos leva o mais experiente e experimentado pescador a um desafio constante porque as trutas,a maior parte das vezes,são de tal forma selectivas que uma menos atenta leitura do rio leva de certeza ao insucesso e consequente grade,muitas das vezes com as trutas a morderem-nos o pés.

No ano anterior tinha-mos pescado muito bem nesta zona,embora das 2 vezes que lá tinha-mos estado  o rio apresenta-se um caudal muito elevado mas onde as pheasant-tails  funcionaram muito bem e deram belas trutas.

Este não é um tramo livre!é gerido(e muito bem) por uma associação local chamada Thurles,Holycross and Ballycamas Anglers Association  ,as licenças diárias custam 15€ por pescador,este troço está exclusivamente reservado à pesca sem morte e sempre à pluma.

É frequente,para não dizer sempre,fiscalizado pelos sócios que observam atentamente a acção dos pescadores.

O troço é lindíssimo passando junto à famosa Holycross Bridge,com a sua imponente abadia bem vincada pele forte componente religiosa ,rodeado de verdes paisagens e belas quintas onde se criam os mais belos e imponentes puros sangue.

As trutas desta zona do Suir são muito famosas quer pela quantidade,quer pela sua beleza mas também pelo  seu bom tamanho.

Pescamos de-facto muito bem esta época(2013) com belas trutas a entrarem à sêca mas algo selectivas onde as Cayennes #20 funcionaram muito bem.